quinta-feira, 31 de julho de 2014

O pavor da rejeição: porque é tão difícil “sair do armário”?

Ultimamente vemos uma maior exposição de personagens homossexuais em novelas, filmes e séries. Acho engraçado, no entanto, quando as pessoas dizem que "estão querendo empurrar a homossexualidade na sociedade e forçar a aceitação". Pobres cegos. Os homossexuais estão em toda parte - não apenas os que convivem em harmonia com sua natureza, mas, principalmente, os que ainda não se assumiram - os que ainda não "saíram do armário".
De acordo com o historiador George Chauncey, a expressão sair do armário tenha nascido de uma analogia com as festas de debutantes, nas quais as garotas eram apresentadas formalmente à sociedade (em inglês, coming-out party). Sair do armário significaria, para o gay, ser apresentado à subcultura e ao mundo homossexual. O uso da palavra armário viria da expressão em inglês "skeleton in the closet", que significa esconder um segredo vergonhoso.
Os gays dentro do armário estão, assim, em toda parte: nas escolas, nas igrejas, nos escritórios - no seu grupo de amigos. Por pressões externas e internas que envolvem família, religião, a reação da sociedade e um próprio preconceito internalizado, essas pessoas simplesmente não conseguem se assumir e vivem uma vida de negação e sofrimento.
Tratando do assunto, o canal de conteúdo LGBT Tá na Roda produziu um pequeno documentário com quatro jovens que escondem sua sexualidade. Eles explicam as principais razões de não se assumirem e os conflitos por que estão passando. Vale a pena assistir: o final é emocionante. (Marcelo Lima)

  

Não é por ser gay que eu...



Põe na roda é um canal de humor do Youtube que trata do universo gay de forma divertida e muito interessante. Nos últimos meses os responsáveis pelo canal postaram um vídeo bem legal que ajuda as pessoas que adoram estereotipar os gays refletirem sobre seus preconceitos. 
Confira abaixo “Não é por ser gay que eu... 


 (Gabriela Neves)

terça-feira, 29 de julho de 2014

Assexualidade

(Reprodução: Facebook.com/assexdadepre)

A assexualidade é uma das formas de manifestação da Diversidade Sexual e define aqueles que não sentem atração sexual por outras pessoas. No entanto, vale ressaltar que essa concepção ainda não pode ser considerada como definitiva, uma vez que não engloba todos os que se intitulam assexuais.

É comum algumas pessoas confundirem a assexualidade com o celibato, que é a abstinência voluntária de atividade sexual, mas, enquanto no celibato a privação da intimidade sexual – ainda que exista o desejo – é uma escolha, na assexualidade os indivíduos não possuem o desejo sexual.

sábado, 26 de julho de 2014

Propagação do HIV pode ter relação com a discriminação aos homossexuais


De Sara Navarro, aluna de jornalismo, para o blog
O preconceito tem sido uma grande pedra no sapato da sociedade, mas podemos perceber que os danos causados pela intolerância à diversidade sexual têm sido bem sérios e que parte das pessoas desconhecem essa relevância. Baseados em dados importantes divulgados na Conferência Internacional sobre a Aids, que aconteceu em Melbourne (Austrália) esta semana, estudiosos afirmam que as leis discriminatórias aos homossexuais ajudam na propagação do HIV e dificultam o acesso efetivo das minorias estigmatizadas à saúde.

terça-feira, 22 de julho de 2014

A cartilha sobre diversidade sexual no Japão


A diversidade sexual e a existência de pessoas que fogem ao padrão socialmente estabelecido de homem e mulher devem ser assuntos abordados desde a infância. No Brasil, o pejorativamente chamado "Kit Gay" - uma cartilha educativa preparada pelo governo para combater a homofobia nas escolas - foi uma iniciativa pioneira que tentou promover a conscientização no ambiente escolar; mas o projeto, devido à pressão de setores conservadores e religiosos, foi engavetado. No Japão, entretanto, uma cartilha sobre diversidade sexual está sendo distribuída com sucesso em um a escola na cidade de Saitama, para tentar reduzir os casos de bullying sofridos por estudantes homossexuais. (Marcelo Lima)
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Um cartaz com diversas possibilidades de orientação sexual foi o jeito encontrado por uma escola japonesa da cidade de Saitama (na região metropolitana de Tóquio) para falar sobre sexualidade a adolescentes. A medida foi adotada em um momento em que o Japão vive um grande aumento de casos envolvendo bullying contra estudantes LGBTs.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo grupo Inochi Risupekuto Howaito Ribon Kyanpen (Campanha do Laço Branco pelo Respeito à Vida, em tradução livre), com sede na capital do país, e divulgada pelo Japan Times em maio, 70% dos estudantes homossexuais japoneses já sofreram algum tipo de bullying e 30% já pensaram em cometer suicídio. Além disso, 11% disseram ter sofrido abuso sexual.
O cartaz da escola secundária da Prefeitura de Saitama, intitulado “de quem você vai gostar”, apresenta diversos tipos de relações afetivas: heterossexuais, homossexuais, bissexuais e inclusive os assexuados. O material visual é parte de uma série de informações sobre saúde e explica ainda que as orientações são inatas à pessoa e não podem ser modificadas por pressões externas.

sábado, 19 de julho de 2014

Eu aceito, mas...


Fonte: Arte na Lente
A conversa começou assim: “você viu naquela novela, a mãe explicando pro filho que ia casar com outra mulher dizendo que era supernormal? Um absurdo!”
A pergunta não era dirigida a mim, por isso fiquei calada e observei o desenrolar da cena, um pouco chocada. O choque se deu por que eu não esperava ouvir isso de duas mulheres esclarecidas que eu sabia ter amigos íntimos que são gays. E aí me veio à mente a frase “eu aceito, mas...”
Fiquei pensando na quantidade de pessoas que dizem “aceitar” os homossexuais, mas têm algumas restrições quanto a isso. “Eu aceito, mas precisa beijar na frente de todo mundo?”; “eu aceito, mas isso não é normal.”

quinta-feira, 17 de julho de 2014

A religião como pretexto e a disseminação do ódio

Em poucas palavras, a homofobia representa ódio ou aversão aos homossexuais – que podem ser expressos através de palavras, gestos e agressões verbais e físicas. Muitas pessoas baseiam seus comportamentos homofóbicos em crenças religiosas e/ou pessoais.

Todo discurso que promova ódio contra uma determinada classe ou conjunto de pessoas deve ser condenado. Isso não tipifica, entretanto, uma censura aos discursos religiosos. O que condenamos são atitudes semelhantes à adotada pela Igreja Batista de Westboro.

A Igreja em questão, que afirma seguir princípios calvinistas, fica localizada na região de Topeka, no Kansas, EUA. A congregação ficou famosa por seus “protestos” contra grupos como os homossexuais, os militares, os judeus e os católicos. As ações da igreja contra os homossexuais ocorrem em casamentos, paradas gay ou em qualquer lugar ou ocasião que lhes pareça conveniente e, geralmente, envolvem placas e gritos de guerra que afirmam como Deus odeia os gays.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Valores LGBT


Num trabalho realizado para o programa de rádio Espaço Experimental, conversei com o professor de psicologia Valdiney Veloso, sobre os valores humanos. Ele coordena um grupo de pesquisa que tem como objetivo saber qual a prioridade valorativa dessa comunidade. Segundo o professor, os valores humanos são os mesmos para diferentes grupos, distinguindo-se apenas qual princípio é prioritário. De acordo com ele, entre a comunidade LGBT predomina o valor da experimentação, ou seja, a busca por sensações e emoções. O link abaixo mostra a entrevista na íntegra, onde professor Valdiney explica os principais aspectos da pesquisa.




Espero que tenham gostado.
O programa de rádio Espaço Experimental é realizado por alunos da UFPB, sob a supervisão do professor Carmélio Reynaldo. Vai ao ar todo sábado às 11 horas da manhã, na rádio Tabajara AM (1.110 kHz), em João Pessoa-PB.


(Gabriela Neves)


quinta-feira, 3 de julho de 2014

Diversidade sexual no Esporte

(Fonte: Diálogo Político)

Em época de Copa do Mundo, o esporte está em total evidência no mundo. E como o assunto da diversidade sexual está sempre em pauta nos dias atuais, a jornalista e alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, disse: "Encorajo os jogadores e esportistas que disputarão a Copa a declararem sua orientação sexual sem medo", visando usar essa conduta como exemplo para o enfretamento à homofobia.

Em 2013 muitos atletas revelaram sua homossexualidade, como, por exemplo: Orlando Cruz, lutador de boxe; Lili e Larissa, jogadoras de vôlei de praia - e casadas; Tom Daley, do salto ornamental; Jason Collins, jogador de basquete; e Kevin Grayson, jogador de futebol americano. Essa atitude dos atletas reflete totalmente o avanço na conscientização e aceitação do homossexual na sociedade, portanto, como em todos os âmbitos, o esporte também acompanha esse processo.

Dois casos emblemáticos no Brasil são os que ocorreram – e ocorrem – com o jogador de futebol Richarlyson, e o jogador de volêi Michael. Principalmente com Richarlyson, já que é jogador de futebol, e o esporte é considerado de “cabra macho”, os casos de xingamentos denegrindo sua possível – o jogador afirma ser heterossexual – homossexualidade são recorrentes, e nem sempre ganham a mídia, mas repercutem nas redes sociais. Já no caso do jogador de vôlei, enquanto atuava no clube Vôlei Futuro, houve uma atitude lamentável da torcida do Cruzeiro, que gritou: “Viado! Viado!”, no momento em que o meio de rede preparava o saque.


Não existem esportes de homem ou de mulher, existem apenas modalidades específicas para cada gênero. Os atletas devem ser julgados por suas habilidades, técnicas, condutas esportivas, até por suas atitudes extra área de atuação, mas não por sua sexualidade. Assim como a diversidade na modalidade dos esportes, também devemos ser receptivos à diversidade na sexualidade de quem os pratica.

Cógenes Lira